Abstract:
Neste artigo, tratarei da noção junguiana de "sincronicidade" como  uma base adequada para começar a interpretar a consciência. O princípio de  causalidade ora predominante pode ser considerado falho em fazer jus à consciência e, inevitavelmente, leva às limitadas abordagens materialista e neurológica com as quais estamos tão familiarizados hoje. Ao invés de tentar localizar  o propriamente humano na complexidade das redes neurológicas, sugiro que  o "substrato" material da consciência seja abordado enquanto decorrente da  própria consciência enquanto pré-condição. Após uma breve revisão dos predicados [predicaments] do princípio de causalidade na filosofia ocidental, sustentarei que a noção de sincronicidade está melhor equipada para fazer justiça  à plenitude da experiência e da fenomenalidade.