Em sala de aula, procurei me acomodar no colchonete cobrindo-me com um cobertor e ajeitando o travesseiro de apoio abaixo de meus joelhos. Deitei em decúbito dorsal. Estava me sentindo tranqüila, bem disposta e lúcida. Antes de aplicar a técnica projetiva, como nas aulas anteriores, o professor nos dava orientações para a mobilização de nossas energias. Contudo, mesmo antes de ele iniciar o exercício, já passei a circular as energias de cima para baixo, do alto da cabeça à ponta dos pés. Percebi o veículo energético (energossoma) se expandindo pouco a pouco, similar a um balão de ar sendo enchido, os chacras pulsavam intensamente. As energias do energossoma pareciam impulsionar gradualmente o psicossoma para fora do soma. Sabia que o corpo físico estava deitado no colchonete e percebia a cabeça se locomovendo para frente como se estivesse sendo desgrudada de algo. Contudo, não era a cabeça física, porque a percebia no colchonete, mesmo sabendo intimamente não estar mais dentro dela, dentro do cérebro físico. Fui perdendo a conexão com o corpo físico. Não o sentia mais. Passei a ouvir a voz de um homem em outro idioma, parecia um espanhol mais refinado. Não era a voz de nosso professor, era mais grossa e de alguém muito mais velho. Contudo, perdi contato com aquela voz em seguida.