Resumo:
No discurso conscienciológico sobre o qual se funda a Principiologia Cosmoética, dois princípios, dentre os vários, são basilares: “que aconteça o melhor para todos” e “o que não presta não presta mesmo”. Embora tais princípios integrem o mesmo discurso e sejam utilizados para resolver os mesmos problemas de ordem moral, concomitantemente, ambos evidenciam abordagens diametralmente opostas. Para melhor explicar essa oposição, tais princípios são aproximados, por analogia, a duas correntes filosóficas que se rivalizam no âmbito da Ética: o utilitarismo, de Jeremy Bentham; e a ética kantiana, de Immanuel Kant. Diante disso, objetiva-se verificar se é possível compatibilizá-los com os princípios que informam o regime político democrático.
Descrição:
Observações. Segundo as observações deste autor, o discurso em torno da Principiologia cosmoética pode ser relacionado a várias correntes filosóficas. Pode-se mencionar, por exemplo, o estoicismo, de Zenão de Cítio, ou o epicurismo de Epicuro de Samos, quando se afirma ser preciso “suar sangue”7 para se atingir determinado objetivo; a ética platônica em relação à primazia da racionalidade8; o exercício das virtudes (trafores), proposto por Aristóteles, para se alcançar a eudemonia (homeostase); ou ainda, quando descreve certos padrões de conduta voltados ao perdão, típicos da moral cristã.